
Vissungos: Dos cantos para as cordas
O projeto Vissungos: Dos cantos para as cordas, faz uma reverência ao povo Banto que, tendo sido trazidos para o Brasil como escravizados, resistiram ao apagamento da sua cultura, entre outras formas, entoando estes cantos, chamados de Vissungos, principalmente durante o trabalho da extração de ouro e diamante, em Minas Gerais.
Contando com o apoio do Rumos Itaú 2023-2024, Felipe Mancini se dedicou a pesquisar essas melodias para trazer uma forma pioneira de olhar para o Vissungos, fazendo para eles arranjos instrumentais. O projeto é composto de um álbum com 12 faixas, a editoração das partituras de todos esses arranjos, 6 vídeos de execução dos arranjos no violão e essa página do site, dedicada à divulgação do projeto.
Execução dos arranjos
Partituras
Ficha técnica
1-Padi Nosso
Felipe Mancini: violão e arranjo
ivanbatucada: percussões
Iran Ribas: Samplers / Mixagem e Masterização
2 – A Despedida
Felipe Mancini: violão, viola e arranjo
Richard Neves: teclado e percussão
Iran Ribas: Mixagem e Masterização
3 – Kuenda
Felipe Mancini: violão e arranjo
Sérgio Pererê: voz
Júlio de Ayrá: percussão
Iran Ribas: Mixagem e Masterização
4 – Muriquinho Caminhando
Felipe Mancini: violão e arranjo
Iran Ribas: Mixagem e Masterização
Paisagem Sonora: passos na subida da montanha em São Bartolomeu – Ouro Preto
5 – Jamba
Felipe Mancini: violão, arranjos, percussão nas águas e tambor do divino
Iran Ribas: Mixagem e Masterização
6 – Lambá
Felipe Mancini: violão e arranjos
ivanbatucada: percussão
Felipe Mancini: Mixagem
Iran Ribas: Masterização
7 – Nascer do Dia
Felipe Mancini: violão e arranjos
Okan Kayma: percussão
Iran Ribas: Mixagem e Masterização
8 – Ango Assoma
Felipe Mancini: violão, guitarra, vozes e arranjos
ivanbatucada: percussão
Iran Ribas: Mixagem e Masterização
9 – A entrega
Felipe Mancini: violão, viola e arranjo
Richard Neves: teclados e efeitos
Iran Ribas: Mixagem e Masterização
10 – Alvorada
Felipe Mancini: violão e arranjos
Júlio de Ayrá: percussão
Iran Ribas: Mixagem e Masterização
11 – Pedindo Licença
Felipe Mancini: violão e arranjos
Iran Ribas: Mixagem e Masterização
12 – Para Subir a Serra
Felipe Mancini: violão, alaúde árabe e arranjos
Guarda de Moçambique Nossa Senhora do Rosário e Santa de Efigênia de Ouro Preto: percussão
Iran Ribas: Mixagem e Masterização
Anandacolaa: identidade visual
Bruno Emiliano: consultoria
Felipe Mancini: concepção, pesquisa
Floriano Comunicação: assessoria de imprensa e mídias digitais
Giselle Rocha: produção executiva, fotografia, desenvolvimento do site
Agradecimentos
Um projeto como esse, que envolve tanta pesquisa, não acontece apenas no tempo de sua concepção técnica e criativa. Não apenas no tempo de ouvir e criar os arranjos ou gravá-los e todas as coisas que permeiam essa intensa produção. Um projeto como esse é um estado de estar atento e com os radares ligados e o coração aberto para conseguir captar as mensagens e os sinais. Portanto, fazer um trabalho como esse é estar com ele um pouco a cada dia por muitos anos.
Agradeço inicialmente ao Rodrigo Siqueira, que eu não conheço pessoalmente, mas fez o filme Terra Deu, Terra Come, lançado em 2010. Filme esse que abriu minha percepção e minha alma para os Vissungos e sua beleza. Agradeço também à sua irmã, Ana Paula Siqueira, que me enviou o filme gentilmente anos depois para eu rever e ter novas percepções.
Agradeço ao Bruno Emiliano, consultor desse projeto que me cedeu muitos materiais de pesquisa sempre com a sua presença inteligente e ao mesmo tempo gentil.
Agradeço demais a todos aos percussionistas que gravaram nesse álbum: Júlio, Paulo e Ivan. Todos grandes amigos. Cada um com suas histórias presentes no meu caminhar em tempos e espaços distintos que levo sempre comigo com respeito e muito carinho.
Obrigado ao Kedison e a toda a Guarda de Moçambique de Ouro Preto. Não só porque gravaram no disco, mas porque fazem um trabalho lindo e emocionante, que me incentivou ainda mais a realizar esse projeto. Viva aos encontros dos tambores mineiros e toda sua ancestralidade.
Obrigado ao Sérgio Pererê que cedeu sua voz emocionante para uma faixa desse disco e compartilhou os conteúdos deste trabalho em suas redes, demonstrando que além de um grande músico, é também uma pessoa generosa.
Um grande abraço no Richard Neves que além de gravar duas faixas deste disco, me ajudou num momento em que eu me sentia preocupado e desanimado. A presença do Richard me ajudou a recomeçar. Obrigado, querido.
Um agradecimento especial ao Iran Ribas, que mixou e masterizou o disco e teve sensibilidade para ouvir minhas ideias e acrescentar um tanto de outras. A presença dele é essencial para a sonoridade desse trabalho.
Agradeço demais a todas as pessoas que nos emprestaram suas casas e suas energias para que a gente pudesse produzir os filmes das execuções das músicas presentes aqui nesse site. Obrigado Sílvia e Clécio, obrigado Roger e Mônica e um grande e forte abraço ao Duca João de Barro que constrói sonhos e agora também cenários. E também Glesse por ter concebido lindos figurinos.
Um agradecimento à toda esquipe, Anandacolaa que fez uma linda identidade visual e Lucas que esteve junto fazendo a assessoria de imprensa e mídias digitais.
Agradeço ao Rumos e ao Itaú Cultural que apoiou esse projeto, representado pela figura do Sidney.
Agradeço a minha mãe que, talvez sem perceber, me fez enxergar a cultura de terreiro como algo familiar e de respeito.
E agradeço principalmente à Giselle Rocha, não só por ter feito esse site todo, todas as fotografias dos vídeos e a produção executiva deste projeto. Mas por ela ser a minha companheira. Ela emana todas as cores que formam a minha luz. Que sorte eu tenho em poder caminhar e construir uma história ao lado de uma pessoa assim.
E por fim, um Viva à cultura preta brasileira.
Axé!